quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Campanha esclarece população sobre vacinação contra febre amarela

A campanha alerta que os grupos prioritários são aqueles que vivem ou irão viajar para áreas afetadas pela febre amarela no País, como: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, oeste da Bahia, além do noroeste do Rio de Janeiro, que está localizado na divisa com áreas que têm registros de casos. 
As peças da campanha orientam a pessoa a procurar a unidade de saúde mais próxima para tomar a vacina. A vacinação de rotina é ofertada em 19 estados do País com recomendação para imunização.
Atualmente, o esquema de vacinação da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Dos seis aos nove meses de idade incompletos, a vacina está indicada somente em situação de emergência epidemiológica ou viagem para área de risco.
Para adultos que não tomaram as doses na infância, a orientação é uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira.
Quem perdeu o cartão de vacinação deve procurar o serviço de saúde que costuma frequentar e tentar resgatar o histórico. Caso isso não seja possível, a recomendação é iniciar o esquema normalmente.
A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas, não precisa buscar a vacinação neste momento.
Viagens
Os viajantes que forem se dirigir a uma área com recomendação de vacina  tanto estrangeiros quanto brasileiros – e que não completaram o esquema de duas doses, a recomendação é que seja vacinado pelo menos dez dias antes da viagem, que é o tempo que a pessoa leva para criar anticorpos e ficar devidamente protegida. Quem tomou a primeira dose há menos de dez anos não precisa adiantar o reforço.
Contraindicações
Pessoas a partir de cinco anos de idade que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação devem receber a primeira dose da vacina e um reforço, dez anos depois. Vale destacar que a situação deve ser informada ao profissional de saúde, para que seja possível avaliar se há contraindicação.
A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para esses grupos, levando em conta o risco de eventos adversos.
Outra recomendação é que a vacina para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar junto à da febre amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. A criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois.

Anvisa define nova composição da vacina contra gripe para 2017

Novas vacinas começam a ser usadas a partir de fevereiro. Grupos prioritários devem se vacinar todos os anos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou a composição da vacina contra gripe que estará disponível no País em 2017. A vacina trará uma nova cepa do vírus Influenza A/H1N1.
A atualização das vacinas contra gripe faz parte das recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir a eficácia do produto.
Todo o ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprova uma nova composição da vacina Influenza que considera novos vírus circulantes no País e no mundo.
Vacinas Influenza trivalentes
Três tipos de cepas de vírus em combinação, dentro das seguintes especificações:
- um vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09;
- um vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2); e
- um vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008.
Vacinas Influenza quadrivalentes
As vacinas quadrivalentes contendo dois tipos de cepas do vírus influenza B deverão conter:
- um vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013;
- um vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09;
- um vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2); e
- um vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008.
Vacinação
O SUS e o Ministério da Saúde promovem, anualmente, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. A ação acontece entre abril e maio.
A vacina contra a Gripe também está disponível em clínicas particulares, geralmente antes da campanha anual do Ministério da Saúde. Portanto, se houver possibilidade, é recomendada a vacinação a partir do mês de março. 
Os grupos mais vulneráveis devem se vacinar todos os anos. Pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mulheres com até 45 dias pós-parto, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, doentes crônicos, trabalhadores da saúde e populações indígenas devem ir até um posto de vacinação para se protegerem contra a gripe. 
Prevenção
A transmissão dos vírus influenza ocorre pelo contato com secreções das vias respiratórias que são eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz).
À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como formas de prevenção: lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal, entre outros.
Em caso de síndrome gripal, a recomendação é procurar um serviço de saúde o mais rápido possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a doença ou impedir a circulação do vírus. Por isso, as medidas de prevenção são tão importantes, particularmente durante o período de maior circulação viral, que é entre os meses de junho e agosto.
Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe  especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações  devem procurar, imediatamente, o serviço médico.
Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
Fonte: Portal Brasil, com informações da AnvisaMinistério da Saúde e OMS.

OMS mantém recomendação de vacina contra febre amarela a quem viajar para o Brasil

Organização divulgou lista de cidades cujos visitantes devem tomar vacina. A imunização não é necessária se os estrangeiros ficarem longe das regiões de risco.


A Organização Mundial da Saúde (OMS) manteve, nesta quarta-feira (15), as recomendações de vacinação contra febre amarela para turistas que pretendam visitar o Brasil. A Organização já tinha divulgado uma lista de novas regiões brasileiras que passaram a ter recomendação de vacina no dia 31 de janeiro. A lista permanece a mesma, incluindo cidades do sul e sudoeste da Bahia, Espírito Santo, cidades do Rio de Janeiro próximas à fronteira do ES e MG.
Além dessas localidades, alguns estados já tinham recomendação da OMS para vacina contra febre amarela mesmo antes do surto, como os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e algumas regiões específicas do Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A OMS observou que a imunização não é necessária se os estrangeiros ficarem longe das regiões de risco.
Além de recomendar a vacina para os turistas que pretendem viajar para as áreas citadas, a OMS também sugeriu que os estrangeiros tomem cuidados adicionais para evitar picadas de mosquitos, conhecer os sintomas e procurar rápido atendimento médico caso esses sintomas se manifestem durante a estadia no país.
Apesar da expansão da área considerada de risco para contrair a doença, ainda não foram registrados casos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e Salvador, segundo a OMS.
"Em vista de uma situação de transformação e levando em consideração a chegada de visitantes pelo Carnaval nas próximas semanas, e que eles podem sair das principais cidades, a recomendação da OMS é a vacinação pelo menos dez dias antes da viagem", disse o órgão em comunicado.
Até o momento, foram registradas 80 mortes por febre amarela desde que a epidemia começou.
O vírus da febre amarela que causa o atual surto no Brasil circula nas áreas rurais, silvestres e de mata, transmitido pelos mosquidosHaemagogus e Sabethes.
 (Foto: Arte/G1) (Foto: Arte/G1)

domingo, 28 de abril de 2013

Doenças de Inverno


      Com a chegada do outono, estação caracterizada pelas variações amplas de temperatura, e em seguida do inverno, com seus períodos de frio intenso, os serviços de saúde começam a ficar cheios de casos de doenças respiratórias. A faixa etária mais suscetível neste período são os extremos da vida, as crianças pequenas, principalmente até os 2 anos de vida, e os idosos, devido a características  próprias desses indivíduos. Os lactentes, por ainda estarem com seu sistema imunológico em desenvolvimento, e os idosos pela presença de doenças crônicas associadas estão mais suscetíveis a complicações. Neste período do ano as doenças mais comuns são as viroses respiratórias, otites, sinusites, pneumonias e exacerbações da asma e rinite alérgica.
            Os vírus respiratórios são os principais agentes causadores de doença das vias aéreas, podendo se apresentar como um resfriado comum, gripe, bronquiolite viral aguda e pneumonias. Eles são mais frequentes neste período do ano devido às baixas temperaturas, que facilitam a sua propagação, e ao hábito de mantermos os ambientes mais fechados, dificultando a ventilação e facilitando a sua permanência no ambiente. Aqui vale ressaltar a diferença entre o resfriado comum e a gripe. No resfriado há envolvimento basicamente das vias aéreas superiores, com secreção e obstrução nasal, espirros, tosse e dor de garganta leves e eventual febre baixa. Na gripe há envolvimento, também, das vias aéreas inferiores (pulmões) e os sintomas são mais intensos com febre mais alta e persistente, tosse com catarro, dor de garganta mais forte e até mesmo falta de ar. Para esta situação está indicada a vacina anual da gripe que confere uma boa proteção para estes casos.
           Na gripe, os vírus responsáveis são principalmente os Influenza A e B (aqui incluído o vírus H1N1 da Gripe A) e os Parainfluenza. Estes quadros podem atingir qualquer faixa etária. A população de maior risco são as crianças de até 2 anos de idade, as gestantes e puérperas até 45 dias, os idosos e os portadores de doenças crônicas  de qualquer idade.
 A Bronquiolite Viral Aguda, é outra doença bastante comum neste período, que atinge crianças pequenas principalmente até os 2 anos de idade. Caracteriza-se por um resfriado inicial que piora progressivamente com surgimento de tosse, catarro, chiado no peito, febre e falta de ar em graus variados. A doença é causada por vários vírus, mas o principal é o Vírus Sincicial Respiratório que circula com mais intensidade entre os meses de maio e setembro. Na maioria dos casos a criança não necessita mais do que medicações para alívio dos sintomas, mas pode haver necessidade de internação quando há sinais de oxigenação insuficiente e dificuldade para se alimentar. Estes sinais podem ser identificados por uma respiração muito rápida, o surgimento de depressões entre as costelas no peito ou entre a barriga e o tórax e a recusa de ingestão de alimentos ou líquidos. Nestes casos a criança deve ser vista por um médico.
As otites e sinusites são, na maioria das vezes, quadros de complicação dos resfriados e gripes. Devido ao acúmulo de secreções no ouvido ou nos seios paranasais pode haver colonização por bactérias desenvolvendo uma infecção, sendo necessário o uso de antibióticos para o tratamento.
As pneumonias virais são as mais freqüentes, podendo ser causadas por vários tipos de vírus e serem complicadores dos quadros de Gripe ou Bronquiolite Viral Aguda. Diferenciam-se das pneumonias bacterianas por não haver indicação do uso de antibióticos na grande maioria dos casos.
Já as pneumonias bacterianas diferenciam-se das virais pelo agente causador, quadros usualmente mais intensos e de surgimento súbito. O uso de antibióticos é sempre necessário e, dependendo do caso, pode até ser realizado em casa. Os casos mais graves, com falta de ar, em crianças pequenas e pneumonias complicadas, devem sempre ser tratados em hospital.

Neste período do ano é bastante comum a piora dos sintomas da asma (bronquite) e da rinite alérgica, devido principalmente à variação de temperatura, umidade e exposição ao vírus. A ventilação inadequada dos ambientes, exposição à fumaça e cinzas dos fogões a lenha, umidade e surgimento de mofo nas residências são fatores ambientais que também podem piorar os sintomas destas doenças. Tanto a asma, como a rinite alérgica podem ser controladas com o uso de medicações, reduzindo assim as exacerbações e no caso da asma reduzindo as internações. A asma se não controlada pode ser uma doença com grande impacto na qualidade de vida.

A grande maioria das doenças respiratórias virais não podem ser prevenidas através de vacinas ou medicações, mas algumas atitudes podem diminuir o risco de contraí-las:
            - manter ambientes  ventilados
            - afastar-se de pessoas com sintomas de resfriado ou gripe, principalmente as crianças pequenas!
            - lavar as mãos, esta é a principal recomendação para evitar contágio pelos vírus respiratórios.
Como a maioria dos casos de doenças de inverno é causada por vírus, não existem medicações efetivas que os combatam. A exceção é a Gripe A. As medicações indicadas são as chamadas sintomáticas, para alívio de sintomas tais como a febre e a dor, higiene nasal, hidratação e repouso. Os antibióticos não devem ser usados, pois não são efetivos contra os vírus. Quando os sintomas não melhoram em 3 dias ou se ocorre alguma piora o médico deve ser consultado.
A exposição excessiva ao frio ou resfriamento brusco do corpo, ou de parte dele, pode levar a diminuição de mecanismos de defesa locais, seja na garganta, no nariz ou nos pulmões, e permitir que agentes virais ou bacterianos multipliquem-se e iniciem um processo de doença. Mas isto não ocorre em todas as pessoas. Vejam os atletas ou jogadores de futebol. Eles praticam suas atividades físicas com frio ou sob chuva e nem por isto ficam doentes. Esta resistência está vinculada a bons hábitos alimentares e prática regular de atividades físicas com o desenvolvimento gradual de um condicionamento do organismo à exposição ao frio. Ou seja, quem não está acostumado pode sim ser mais suscetível a alguma doença respiratória. 

sábado, 2 de junho de 2012

Bronquiolite.

Estamos na época do ano que ocorrem as bronquiolites, infecção respiratória viral que inicia com sintomas de resfriado comum evoluindo com surgimento de tosse, catarro, chiado e falta de ar de graus variáveis. Manifesta-se principalmente nas crianças até 2 anos de idade no período de maio à setembro. A doença  apresenta-se como uma gripe um pouco mais forte, mas pode também ser tão grave que seja necessária internação hospitalar. Não existe tratamento efetivo, somente medidas de suporte: hidratação, higiene nasal e oxigenoterapia. O uso de broncodilatadores é muito controverso, não há um efeito significativo na maioria dos pacientes. Quanto ao uso de corticóides sistêmicos há evidências científicas que comprovam que seu uso não está indicado. A prevenção é a melhor medida a ser tomada. Evitar o contato das crianças com outras crianças ou adultos com sintomas gripais, principalmente os recém nascidos, já que nesta faixa etária a doença pode ser mais grave. Não existe vacina para a Bronquiolite.
O médico deve ser consultado sempre que a criança apresentar sinais de gravidade: respiração acelerada, tosse intensa, dificuldade para mamar.

sábado, 12 de maio de 2012

Falta no mercado da medicação Busonid Oral 50 mcg

O medicamento Busonid Oral 50 mcg está em falta no mercado e não há, por enquanto, previsão de retorno. O problema se deve à regularização na ANVISA da nova apresentação com HFA, já que o CFC, usado anteriormente, foi proibido. Se você ou seu filho faz uso desta medicação entre em contato com seu médico! O Busonid Oral 200 mcg e os Nasais continuam no mercado.

Objetivos do blog

Este blog tem a finalidade de transmitir informações aos meus pacientes ou pessoas com dúvidas a respeito das doenças respiratórias de crianças e adolescentes. Pretendo transmitir informações de maneira clara e objetiva, além de vídeos explicativos e informações sobre os medicamentos mais utilizados nesta especialidade. As dúvidas podem ser postadas aqui ou Facebook.
Leiam e aproveitem.